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Sobre a vaidade

Este tópico, pra dizer bem a verdade, deve incomodar mais as mulheres do que os homens. Nem todas, é claro, e não na mesma intensidade, mas dá pra ser vaidosa viajando tanto tempo? Dá pra ser vaidosa com uma roupa de uma semana sendo usada durante um ano? Dá pra levar produtos de beleza?

O problema começa com o tamanho da mala, pois ela precisa ser bem resumida para evitar que se carregue muito peso e, em alguns casos, até que se despache a mala (uma vez pagamos 60 libras por um volume extra em Londres, é de doer…). Pois é, aí fica a dúvida: como vou levar todas as minhas coisas?

Sendo a mulher do casal, eu tenho quebrado a cabeça para arrumar coisas práticas e que sirvam pra diversas ocasiões, isso no que diz respeito a roupas. Veja a minha lista:

  •  7 lingeries (parte de baixo e parte de cima)
  • 1 par de chinelos
  • 1 par de tênis
  • 1 par de sapatilhas
  • 7 blusas (5 de manga curta e 2 de manga comprida)
  • 1 calça jeans
  • 2 calças leves
  • 1 calça legging preta
  • 5 pares de meias
  • 1 top de ginástica
  • 7 biquínis
  • 4 saídas de praia (três camisas e uma calça)
  • 1 vestido
  • 1 saia (4 em 1 – que pode ser usada de 4 maneiras diferentes)
  • 1 jaqueta leve de frio
  • 1 toalha
  • 1 pashimina preta/1 lenço colorido
  • 1 canga
  • 1 chapéu
  • 3 shorts

Pergunta: Estou conseguindo manter essa relação tão pequena? Até o momento, sim, mas com pequenas alterações. Estou investindo em saídas de praia e vestidos do tipo chemise, que são aqueles de manga comprida e se parecem com uma camisa na parte de cima.

Investi nesse tipo de roupa, pois não gosto de pegar sol nos braços e posso ir com eles à praia, sair à noite, ir a lugares em que é proibido mostrar os ombros (sim, isso deve ser levado em consideração para países muçulmanos).

Também escolhi camisetas ao invés de blusas, pois em alguns casos não se pode mostrar a forma do corpo (também em países muçulmanos). A pashimina e o lenço servirão para dar um “up” no visual e para cobrir a cabeça nos países em que isso é indicado.

Não abrimos mão de “combinar” as roupas e optamos por roupas básicas, cores neutras e que me oferecessem várias possibilidades (também não precisa ser desleixada, né?).

Para o homem do casal, a grande sacada foi uma calça que vira short, pois em alguns lugares (Tailândia, por exemplo), é proibido mostrar os joelhos nos templos. Assim, ele pode optar por short ou calça conforme a conveniência.

Além disso, optamos por tecidos leves e que não amassam por questões óbvias (não há como passar na maioria dos casos) e também precisamos nos preocupar com a secagem dos mesmos. Justamente por termos optado pelo verão foi bem mais fácil de fazer a mala, por isso é preciso lembrar que no caso de quem opta por uma rota com inverno a mala fica um pouco diferente.

No caso dos sapatos, dá pra levar salto pra quem não vive sem? Em algum lugar já li que sim, mas de longe optei por não levar. A sapatilha e o tênis serão os companheiros de caminhada/saídas e o chinelo para relaxar. Nesse ponto, em nosso caso, optamos pela praticidade, nada apertado, de salto alto ou que ocupasse muito espaço.

Para cremes e maquiagens, o que se deve fazer? Já faz anos que viajamos e temos nos adaptado ao rigor que foi aumentando no que diz respeito a voos internacionais. Pra evitar qualquer tipo de problema, neste caso, iremos evitar embalagens de mais de 100 ml, justamente para poder levar a mala sempre conosco. É aí que começam os problemas. No caso dos desodorantes, optamos pelo roll-on ou ainda o stick (que até tem no Brasil, mas compramos fora, pois aqui é muito caro) é um desodorante em barra, prático e pequeno.

No caso dos shampoos, condicionadores e cremes tivemos que fazer pequenas adaptações. Algumas embalagens nós ganhamos (aquelas de amostras) outras a gente tinha em casa e é só encher com o os produtos que gostamos. Compramos pastas daquelas embalagens pra viagens (pra não ultrapassar os 100 ml) e tudo mais foi comprado observando isso.  A gente deu uma passadinha em um loja de produtos de higiene e beleza em Nova Iorque chamada Harmon Face Values (675, 6th Avenue) e focamos na seção de “coisas pra viagem” com tudo o que você precisa no tamanho ideal.

Outra grande sacada foi a compra de shampoo em barra. Compramos da marca Lush que é uma marca bem bacana dos Estados Unidos (está chegando ao Brasil) e vamos também comprar o condicionador.

Os perfumes também estão na lista. Levaremos amostras ou ainda frascos com menos de 100 ml e dará pra ficar cheiroso viajando o mundo!

Escovas especiais, cremes, secador, chapinha, nunca fizeram parte de nossas vidas, então foi fácil nem lembrar disto na hora de viajar. Pra facilitar mais ainda, o cabelo longo (quase na cintura) teve quase 30 centímetros cortados e doados para fazer perucas para quem tem câncer e livrou um mega trabalho durante a viagem.

Jóias ou bijuterias foram dispensadas sem cerimônia… estamos levando chapéu e boné pra proteção solar. No caso dos cosméticos femininos, optou-se por aqueles que têm funções múltiplas como protetor e base, pó compacto com fator de proteção e um hidratante em forma de bruma (spray), todos da marca Adcos (foi uma opção pessoal, porém há outras boas marcas no mercado). Já a maquiagem é bem restrita, já que se pretende ficar mais tempo na praia que na balada: um quarteto de sombras, blush, batom, lápis e rímel (dá pra dar um tapa no visu com isso).

Ambos fomos à dermatologista antes da viagem e ela nos passou produtos que podem ser usados mesmo com exposição ao sol (vitamina C, creme para a área dos olhos, betacaroteno em cápsulas). Poucos produtos, mas que fazem a diferença.

Até agora, surgiram poucos problemas, como os protetores solares para o corpo que têm mais de 100 ml. Mas como fora do país costumam ser bem mais baratos, teremos que comprar e descartar a cada viagem (no caso daquelas em que se cobra o despacho da bagagem). Já o cortador de unhas, tentaremos levar um pequenininho na bagagem rezando pra que passe. Caso não seja possível, dá-lhe lixa na unha e cortaremos, assim como faremos com o cabelo, nos lugares baratos, como Ásia e Leste Europeu (de resto a gente dá um jeito).

Esse foi um tópico que deu e está dando trabalho, pois nossa preocupação principal foi manter alguns de nossos hábitos respeitando o espaço mínimo e as regras para voos internacionais. Se alguém tiver alguma dúvida ou dica é só falar!

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